As florestas afromontanas em Angola formam o componente mais isolado, restrito e ameaçado do bioma afromontano. Elas estão sob grave ameaça e diminuindo em quantidade e qualidade. Apenas sabe-se que restam 700 ha, tornando-o o tipo de habitat mais ameaçado nacionalmente. Mais de 10% do habitat remanescente está localizado no Monte Moco. Desde 2019, a Fundação Kissama desenvolve, testa e implementa intervenções de conservação para recuperar e proteger a floresta afromontana do Moco, em colaboração com a comunidade local de Canjonde localizada na comuna do Ussoke, município do Londuimbali, província do Huambo.
O Projecto de Conservação da Floresta Afromontana do Morro do Moco é um projecto que visa a protecção e conservação da floresta e das suas principais ameaças, cujo objectivo principal é garantir a sobrevivência a longo prazo da floresta afromontana e sua biodiversidade associada, a preservação da avifauna e a criação de condições para a criação de uma área de conservação ambiental.
Assim sendo a Fundação Kissama tem trabalhado para a implementação do Projecto com apoio da World Land Trust. O projecto foi aprovado em Dezembro de 2021 e tem duração de 4 anos com término previsto para Fevereiro de 2026. As actividades que estão a ser realizadas consistem em plantio de árvores, a protecção da floresta contra o fogo, a conscientização e a introdução de alternativas de recursos.
Neste projecto pretende-se expandir e aperfeiçoar as intervenções de modo a permitir a gestão sustentável dos recursos naturais do Morro do Moco, abrangendo especificamente todas as manchas de floresta. As actividades previstas dentro deste projecto são: a planificação e apoio à designação da área de conservação do Morro do Moco, o estabelecimento da zona de não uso, a gestão de reserva, restauração de ecossistemas, apoio as comunidades locais, investigação científica e monitoramento da biodiversidade.
Resultados Alcançados
- Criação de um viveiro que é gerido localmente e onde são cultivadas árvores autóctones provenientes para o repovoamento florestal;
- Mais de 4 000 mudas foram plantadas maioritariamente a Albizia adianthifolia e a Trema orientalis;
- Campanhas de educação e sensibilização junto da comunidade.
